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Falta de mão de obra obriga empresas a importar funcionários
O apagão de mão de obra qualificada no Brasil faz as grandes empresas nacionais se mexerem para tentar preencher vagas e evitar, num futuro próximo, um blecaute generalizado. A maior aposta é na formação, por conta própria, de profissionais especializados em parceria com instituições de ensino.
Quem não tem tempo para criar esse funcionário está à caça de mão de obra pronta no mercado brasileiro e lá fora - numa movimentação considerada inédita, e que guarda apenas semelhanças com o que se viu na época da abertura econômica. Um estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) estima que quatro setores, entre eles o de construção civil, terão dificuldades para preencher 320 mil vagas destinadas a profissionais com qualificação e experiência em 2010.
Na Vale, a procura principalmente por engenheiros fez a companhia retomar e intensificar programas de recrutamento, que estavam suspensos havia dois anos. "Em alguns casos, temos vagas, precisamos deles, mas não encontramos os profissionais", disse a gerente de Atração para Seleção de Pessoas da mineradora, Hanna Meirelles.
Em 2009, a busca por novos talentos na AmBev fez a companhia selecionar um número recorde de 60 trainees e ir à caça de estudantes brasileiros nas melhores universidades dos EUA. Na da Pensilvânia, conseguiu reunir cerca de 50 alunos para apresentar a empresa. O convite para a palestra chegou por e-mail: "Atenção estudantes brasileiros, AmBev está na Universidade à procura de estagiário"
Com 7 mil funcionários no Brasil e 574 vagas abertas no mercado, a Accenture, consultoria multinacional em serviços de tecnologia e gestão, já estuda a possibilidade de trazer profissionais de sua unidade espanhola para atuarem no País.
A necessidade de profissionais prontos fez o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, buscar soldadores no Japão. Desde dezembro, a empresa tenta contratar 200 dekasseguis para poder atender a tempo as encomendas da Transpetro e da Petrobrás.
A falta de mão de obra qualificada abalou até construtora Odebrecht, que tradicionalmente alimenta os cargos de gerência com colaboradores que começaram na empresa ainda como estagiários. "A estratégia única de formar em casa já não atendeu a demanda, tivemos de contratar recursos mais maduros e agilizar a aculturação", afirmou Antônio Rezende, responsável por Pessoas e Desenvolvimento, funcionário da construtora há três décadas.
A questão fundamental para o engenheiro é a prática", disse Rezende.
Naiana Oscar - O Estado de S.Paulo
Fonte: Agência Estado
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